Arquivo do mês: abril 2016

Em maio, lançamento do filme Freenet

Coerente com o espírito da internet livre, os produtores do documentário Freenet, com lançamento previsto para o início de maio próximo, procura interessados em exibir o filme em sessões abertas e gratuitas. A chamada se dirige não só a coletivos, escolas e academia, mas a todos os que queiram levar esse debate para o espaço público.

Para ser um exibidor, basta preencher e enviar este formulário

Já escrevi sobre o projeto aqui e aqui.

Reproduzo abaixo texto de divulgação do filme:

A world wide web foi concebida e construída a partir de um fundamento principal: a liberdade pela conexão em rede, e não demorou para se tornar o carro-chefe da liberdade de expressão do século XXI. Com ela, não somos apenas consumidores de informação, somos também produtores. Mas o quanto somos realmente livres na internet para acessar conteúdos, e nos expressarmos? Quem governa a rede? Com quais interesses? Temos privacidade? Quem garante o direito de todos os cidadãos a uma conexão rápida e de baixo custo? Essas e outras questões são debatidas em FREENET por especialistas e ativistas como Lawrence Lessig, Nnenna Nwakanma, Sergio Amadeu da Silveira, Edward Snowden, entre muitos outros. O filme passeia pela África, Índia, Estados Unidos, Brasil e Uruguai mostrando iniciativas e obstáculos para a democratização do acesso à internet e para a garantia de neutralidade da rede.

Assista ao trailer:

Mais informações na fanpage do Freenet.

E vamos lá, participar da rede de exibição e ajudar a colocar esse debate na rua!!

18 Comentários

Arquivado em Cultura livre, Direito Autoral, Internet Livre, Propriedade intelectual, Vigilância

Direito de Estudar

direitoaestudar

Mais uma boa notícia vinda do Uruguai: no dia 13 de abril, o Senado daquele país aprovou o projeto de lei que atualiza a Lei de Direito Autoral, promulgada em 1937, incluindo a permissão da cópia para uso pessoal, desde que com fins educativos, acadêmicos ou de produção de novo conhecimento.

Atividades já incorporadas ao cotidiano, como pegar um livro emprestado na biblioteca, copiar um trecho de uma publicação ou difundir obras em plataformas virtuais com finalidade educacional, são ainda consideradas ilegais. A aprovação da alteração na lei irá beneficiar não só estudantes, bibliotecários e pesquisadores, mas também o público em geral.

Aqui no Brasil, nós saímos na frente mas acabamos ficando para trás. O projeto de Reforma da Lei de Direito Autoral, que passou por ampla consulta popular e estava pronto para votação no final do segundo governo Lula, acabou engavetado em alguma instância do governo Dilma para sempre… O projeto previa uma série de adequações da lei às novas práticas sociais. Por exemplo: de acordo com a lei em vigor, copiar um CD comprado para o seu iPod é ilegal!

Assim como aconteceu aqui, a proposta uruguaia vem sofrendo ataques da indústria editorial e ainda não é certa sua aprovação final. Depende ainda da votação na Câmara dos Deputados para virar lei. Tomara que nossos hermanos tenham mais sucesso que nós e possam rapidamente modernizar sua legislação a fim de ficar à altura dos novos tempos de maior compartilhamento da cultura e do conhecimento.

Enquanto isso, a campanha #derechoaestudiar segue mobilizando os uruguaios.

Saiba mais sobre o assunto:

Obtiene media sanción la ley de acceso a la cultura y a materiales de estudio

Una iniciativa imprescindible

Derecho a la cultura

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